Quando é que foi a última vez que visitou um edifício romano e sentiu-se rodeado pelos marcos históricos dos tempos?

 

Localizado na margem esquerda do rio Vouga, nas Termas de S. Pedro do Sul, o Balneum Romano constitui uma evidente marca da romanização na região de Lafões. A passagem do rei D. Afonso Henriques, das suas filhas Teresa e Urraca e seu filho Sancho (futuro rei D. Sancho I) e de outros membros da monarquia portuguesa como o rei D. João I, a sua esposa rainha D. Filipa de Lencastre, o rei D. Duarte e sua esposa e os infantes D. Pedro e D. Henrique, o  rei D.Manuel I e a rainha D. Amélia destacam a importância e a singularidade deste local.

 

A área arqueológica do Balneário Romano (balneum romano) e da Piscina de D. Afonso Henriques (assim denominada em 1169 após o seu uso pelo rei) foi classificada como Monumento Nacional pelo Ministério da Cultura sendo o único edifício do género em Portugal que ainda mantém as paredes romanas originais.

Contando com cerca de 2 milénios de existência, este edifício termal sofreu algumas remodelações de acordo com as necessidades. 

 

No período romano verificam-se duas fases de construção: a 1ª  que data dos inícios do século I a. C. e uma 2ª fase, que vem dos finais do mesmo século. Dessa época ainda encontram-se os marcos de duas piscinas (natatium), inscrições em latim alusivas a divindades romanas, canais de escoamento das águas, vários elementos arquitectónicos e revestimentos e construções em opus signum e opus quadratum

 

O período medieval foi marcado pela passagem de D. Afonso Henriques pela então Villa do Banho e pelo primeiro foral que lhe fora concebido em 1152. 

Nos primeiros anos do século XVI, o rei D. Manuel I, altera o edifício original e procura desenvolver as Caldas Lafonenses, construindo no local o Hospital Real das Caldas de Lafões e concedendo, em 1515, novo Foral à Villa do Banho. 

 

Mais tarde, já no século XX, serviu de instalações aos propósitos da escola primária das Termas.

 

Nos anos 50 e 80 do século XX foram empreendidas prospecções e escavações arqueológicas na área, que deixaram a descoberto algum espólio.

Em 1995, com as estruturas muito danificadas, o edifício sofreu um importante desmoronamento provocado por uma violenta cheia do rio Vouga.

 

Neste momento, recuperado, e com as obras necessárias feitas está aberto ao público para visita, o edifício das Termas Romanas é no presente mais um dos atrativos culturais das Termas de São Pedro do Sul.


Para mais informações: postodeturismo@cm-spsul.pt